Pesquisar este Blog

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pormenores do julgamento de Jesus


No ano 30 (ou 29) da nossa era, três cruzes foram levantadas nos arredores de Jerusalém: em duas delas morriam dois homens condenados por crimes comuns; na terceira morria Jesus de Nazaré. Eram os dias da Páscoa judaica, portanto o fato ocorreu entre março e abril daquele ano.
Jesus havia sido humilhado ante dois tribunais e submetido a dois julgamentos: o do Sinédrio e o do Procurador Romano Pôncio Pilatos. O do Sinédrio condenou Jesus por blasfêmia: havia-se proclamado filho de Deus. Porém as autoridades judaicas, como lemos no Evangelho de São João, não tinham autorização para emitir e executar sentenças capitais. Por isso, na madrugada da sexta-feira, levaram o preso ao tribunal de Pilatos.

Neste caso, a acusação foi outra, muito hábil: este Jesus havia-se proclamado rei dos judeus, quer dizer, tinha-se colocado contra "César", o imperador de Roma. Pilatos se deu conta de que a acusação não tinha nenhum fundamento, porém teve medo de que os judeus o denunciassem a Roma e mandou que Jesus fosse crucificado. Todavia, o desenlace dos acontecimentos, tanto na Palestina como em Roma, não foi favorável a Pilatos; a decisão de condenar Jesus foi considerada politicamente equivocada. De fato, no ano 36, será destituído.

O imperador de Roma era Tibério ('19-36 d.C.), primeiro sucessor de Augusto. Na realidade, até o ano 31, Tibério havia deixado a administração de todo o império nas mãos de Sejano, do qual Pilatos era o homem de confiança. Porém, no ano 31 Sejano foi destituído pelo próprio Tibério, que retomou o controle do império. Com respeito à turbulenta província da Síria (que agora inclui a Palestina), seu legado Vitélio - no ano 36 - destituiu o sumo sacerdote Caifás e decidiu que Pilatos deveria voltar a Roma para prestar contas de toda a sua política até o momento. O juízo é desfavorável e Pilatos morre de forma violenta.
Deste modo começamos a descobrir que - a partir do ano 31 e, como veremos, até o ano 62, quando Nero (54-58 d.C.) mudou radicalmente sua política - Roma não foi hostil ao cristianismo. E durante mais de 30 anos, olhou com certa simpatia e tolerância esta nova "seita" que havia aparecido entre os judeus, mesmo que fosse pela simples razão de que estes a combatiam. E em diversas oportunidades, fosse em Roma, fosse na Palestina, as autoridades romanas defenderam os cristãos das agressões do judaísmo, como veremos sobretudo no caso de São Paulo.
Isto não impediu fatos violentos - como o apedrejamento de Estevão no ano 34 pelas mãos do Sinédrio ou como a decapitação de São Tiago no ano 42 por ordem de Herodes Agripa I -, mas estes fatos não correspondiam à vontade de Roma e foram julgados como abuso de poder.

E que os romanos - pragmáticos como sempre - se deram conta imediatamente de que nem Jesus, nem seus seguidores eram perigosos do ponto de vista estritamente político, deram-se conta de que dali não ia sair nenhuma das tentativas subversivas que caracterizavam, pelo contrário, outros setores do judaísmo.
A teoria segundo a qual Jesus foi um revolucionário, ou de que teria vindo para libertar os oprimidos da escravidão política ou social não tem nenhum fundamento histórico.
Não obstante, seria um erro de interpretação muito mais grave concluir que Jesus e o cristianismo foram e são portadores de um espiritualismo inócuo, de uma simples moral, ou de um culto a mais no panorama mundial das religiões. Mais tarde, Roma compreenderá muito bem a verdadeira natureza e o verdadeiro perigo que vinha do cristianismo. Não é um novo partido, uma nova ideologia, mas uma nova vida e uma nova cultura, um começo de outro mundo – mais humano e mais visível - dentro deste mundo, dentro de uma sociedade em crise profunda, que, no caso do Império Romano, já, não tinha em si mesma nenhum fundamento sólido, nenhum valor humano - nem sequer a antiga tradição dos pais fundadores - a partir do qual ter consistência.
Tal como resulta ao longo de toda a sua história, o cristianismo demonstra toda a sua verdadeira identidade, sua novidade radical e sua força, não quando se opõe ao poder com as mesmas armas do poder, mas quando constrói novas formas de vida.

Esclarecedora, a propósito disto, é a seguinte consideração de Charles Péguy: "Havia a maldade também na época dos romanos. Mas Jesus veio. Não desperdiçou seus anos reclamando e lamentando-se da maldade dos tempos. Ele foi direto ao ponto. De um modo muito simples: fazendo o cristianismo. Ele não incriminou nem acusou ninguém. Ele salvou. Não incriminou o mundo, Ele salvou o mundo" (Véronique).

G. Albuquerque

Fonte:

Da terra aos povos: a difusão do cristianismo nos primeiros séculos – Mostra arqueológica em painéis – São Paulo: Centro Cultural 12 de outubro.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

HISTÓRIA DO BANHO

O banho tem uma historicidade distinta para cada civilização do planeta.
Por Rainer Sousa

Atualmente, o desenvolvimento tecnológico e medicinal nos passa uma falsa impressão de que o hábito de tomar banhos, assim como outros cuidados com a higiene pessoal, se aprimorou com o passar do tempo. Um dos mais famosos casos que refutam essa afirmação se encontra na própria história do Brasil, quando os portugueses se intrigavam com o hábito dos nativos de se banharem por diversas vezes ao dia. Contudo, as peculiaridades sobre o banho não para por aí...

Entre os antigos egípcios é onde encontramos os mais antigos relatos sobre o hábito de se tomar banho. Segundo documentos de mais de 3000 anos, o ato de tomar banho era sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à Antiguidade.

Na lendária civilização cretense, os banhos faziam parte dos intervalos que ordenavam a realização de banquetes. Sendo um dos povos que participaram da formação da civilização grega, os cretenses tiveram essa tradição mantida pelos povos que habitaram a Hélade. Para os gregos, o contato com a água integrava o processo de educação de seus jovens. De acordo com as várias representações da época, o indivíduo bem ensinado tanto dominava a leitura, assim como praticava a natação.

No decorrer da Antiguidade, os romanos, visivelmente influenciados pela cultura grega, ampliaram a recorrência do hábito realizando a construção das famosas termas. Uma terma consistia em um edifício repleto de vários salões que contavam com vestiários, saunas e diversas piscinas. Ligeiramente semelhantes aos resorts do mundo contemporâneo, algumas dessas construções romanas também contavam com bibliotecas, jardins e restaurantes.

Se no Império Romano as pessoas não tinham o menor pudor de se banharem nesses locais públicos, na Idade Média a coisa mudou bastante de figura. O papa Gregório I foi um dos mais importantes precursores do repúdio ao banho ao dizer que o contato com o corpo era via mais próxima do pecado. Dessa forma, o tomar banho se transformou em uma atividade anual e acontecia em um simples barril de água. Fora disso, os asseios diários eram feitos pelo uso de panos úmidos.

Se no Ocidente a moda do banho estava em baixa, os povos orientais trataram de manter o hábito bem ativo entre os seus comuns. Nos países de origem turco-árabe temos ainda hoje as hamans, luxuosas casas de banho onde os muçulmanos tomam banho, depilam, passam por sessões de massagem, branqueiam os dentes e se maquiam. Com o advento das Cruzadas, entre os séculos XI e XIII, o hábito de tomar banho ganhou algum espaço nos fins da Idade Média.

Nos séculos XVI e XVII, as noções de saúde e doença mais uma vez se tornou uma afronta ao hábito de se tomar banho regularmente. Nessa época, os médicos acreditavam que as doenças consistiam em manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo por meio de suas vias de entrada. A partir dessa premissa, a classe médica concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele e, com isso, deixava o sujeito suscetível a uma doença.
Somente no século seguinte, com a ascensão da ciência iluminista, que o banho foi redimido como um meio de se cuidar da saúde. Contudo, as várias décadas de uma cultura avessa ao contato do corpo com a água conseguiu manter certa resistência ao banho. Em vários relatos do século XIX, temos a descrição de doentes que foram obrigados a tomar banho à força.

A popularização do banho só aconteceu de fato no Ocidente a partir da década de 1930. Nessa época, a lavagem do corpo era realizada aos sábados, mesmo dia em que as peças íntimas das crianças eram trocadas. Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução de várias casas permitiu que os chuveiros fossem disseminados por toda a Europa. Atualmente, nosso banho deixou de ser um ato público, mas ainda é premissa fundamental para que os outros tenham uma boa impressão de nós mesmos.
  

CURIOSIDADES DA IDADE MÉDIA

        Na Idade Média não existiam escovas de dentes, perfumes,  desodorizantes e muito menos papel higiénico
  • As fezes e urina humanas eram atiradas pelas janelas do palácio.
  • Os leques usavam-se não por causa do calor, mas sim para afastar os maus cheiros exalados de debaixo dos vestidos.
  • Era por isso que as roupas eram pesadas, de propósito, para reterem os odores das partes íntimas que quase nunca eram lavadas.
  • As pessoas não tomavam banho por falta de água corrente e de aquecimento nos quartos.
  • O banho era tomado numa banheira gigante cheia de água quente. O chefe da família era o primeiro a tomá-lo, depois os outros homens da casa por ordem de idade, depois as mulheres, também por ordem de idade. Por fim as crianças sendo os bébés os últimos. Quando chegava a vez deles, a água estava tão suja que se podia perder um bébé dentro da banheira .
  • Na Idade Média a maioria dos casamentos relizava-se no início do verão.  
  • A razão era simples: o primeiro banho do ano era tomado em Maio e então em Junho o cheiro das pessoas ainda se tolerava. Mesmo assim, como alguns odores já começavam a ser incomodativos, as noivas levavam ramos de flores junto ao corpo para disfarçar os maus cheiros.
  • Assim nasceu a tradição do ramo de noiva.
  • Os tetos das casas não tinham forro.
  • Sob as vigas de madeira criavam-se animais: gatos, cães, ratos e outros.
  • Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a descerem ao piso inferior.
  • Daqui nasceu a expressão tipicamente anglo-saxónica “ chover cães e gatos” .
  • Os ricos tinham pratos de estanho. Certos alimentos oxidavam o material, que juntamente com a falta de higiene da época, levava a que frequentemente muita gente morresse envenenada. Os tomates, que são ácidos, provocavam este efeito e foram considerados tóxicos durante muito tempo.
  • Com os copos acontecia o mesmo, pois o contacto com whisky ou cerveja fazia com que as pessoas entrassem em estado narcoléptico produzido tanto pela bebida como pelo estanho. 
  • Quem visse alguém naquele estado podia pensar que estava morto e preparava-lhe o funeral.
  • O corpo era colocado em cima da mesa da cozinha durante alguns dias acompanhado da família enquanto os outros comiam e bebiam esperando que o “morto” viesse a sí.
  • Os locais para enterrar os mortos eram pequenos e não havia sempre lugar para todos. Os caixões eram abertos e retirados os ossos para lá se meter outro cadáver. Os ossos eran recolhidos num ossário. Às vezes ao abrir-se os caixões, notava-se que o enterrado tinha arranhado a terra, quer dizer, tinha sido enterrado vivo.  
  • Nesta época surgiu a ideia de ligar ao punho do defunto um fio, passá-lo por um orifício do caixão e ligá-lo a uma sineta no exterior da campa. Se o indivíduo estivesse vivo, só tinha que puxar o fio.
  • Assim a sineta tocava e era desenterrado, porque por causa das dúvidas ficava sempre um familiar junto à campa durante uns dias.
  •  Esta foi a origem do velório que hoje se faz junto ao cadáver.
(por :Maria Gabriela Silva)

Até mais : Elzeli



Como era o sexo na Idade Média?

por Marina Motomura
Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais recatada por causa da influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no assunto era proibido! O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. A datação tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a 1453, queda de Constantinopla. Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar todas. "Mas o segundo casamento tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não ficar sozinha e desamparada", diz o historiador Claudio Umpierre Carlan, professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp.

PROIBIDÃO
Sexo era pecado e deveria ser evitado a todo custo

Paquera
Por volta do século 12, surgiu o chamado amor cortês. Na corte, o cavaleiro levava o lenço da mulher amada. Mas era uma amor platônico e infeliz - como os casamentos eram arranjados por interesses econômicos, o cavaleiro e a dama quase nunca ficavam juntos. Os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por meio de retratos pintados a óleo

Posições
Só uma posição era consentida pela Igreja: a missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome porque os missionários cristãos queriam difundir seu uso em sociedades onde predominavam outras práticas. Para os cristãos, ela é a única posição apropriada porque, segundo são Paulo, a mulher deve sujeitar-se ao marido. O recato entre quatro paredes era tamanho que, em alguns lares mais tradicionais, o casal transava com um lençol com um furo no meio!

Masturbação
Para desincentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa época os mitos de que os meninos ficavam com espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse, ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A paranoia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho era considerado um ato libidinoso

Casamento
A família da noiva, que podia casar logo após a segunda menstruação, pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos. Mas havia proibições, claro: o papa Gregório I proibiu o casório entre primos de terceiro grau, e Gregório III proibiu a união de parentes de até sexto grau!

Ciência
A anatomia não evoluiu muito na era medieval, mas os conhecimentos técnicos para evitar o sexo, sim! Não há consenso entre os historiadores sobre a invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular. Também foi inventada a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal quando ele viajava

Homossexualidade
A relação homossexual era chamada sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja - os homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras. No Oriente, era aceito - mas na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas

Prostituição
Como os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem só transavam para procriação, a procura por prostituas era grande. Ao mesmo tempo em que eram malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II (1046-1047)

Pecados
Segundo a suma teológica de são Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria:
- Pecado contra a razão
Fornicação e adultério, por exemplo
- Pecado contra a natureza
São os pecados que contrariam a ordem natural do ato sexual. Aí se incluem masturbação, sexo com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito. Leia-se: não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher!

Até mais : Elzeli

Observação De Aulas E Projeto Didático-Pedagógico

Autor: Joilson Aleixo da Silva

1 - INTRODUÇÃO

O ensino das Ciências nas escolas vem sofrendo alterações com vários aspectos, (sejam positivos ou negativos) no decorrer dos tempos, pois os profissionais nem sempre têm as habilidades e apoio necessários para um bom trabalho, tais como: aprimoramento profissional por meio de formação continuada; estrutura didática; paciência; sabedoria para discernir que o ensino das Ciências não pode ser tratado como uma ação meramente tecnicista e que os processos avaliativos não podem mais ter um caráter punitivo; o hábito de pesquisa; vontade de estudar métodos que facilite o aprendizado da disciplina; dentre outros pré-requisitos para uma licenciatura de excelência.

Apesar das “mazelas” educacionais que assolam nosso âmbito educacional, imponho-me ao exercício moral de cultivar esperança e respeito a todos os professores que contribuem para uma educação que contempla as experiências dos sujeitos envolvidos num processo de crescimento intelectual. Apego-me a essa crença até mesmo como forma de manifestar meu amor e gratidão ao meu Curso de Pedagogia.

Essa experiência ficará registrada em meu âmago com muito carinho, pois se trata do meu último trabalho de campo na condição de graduando em Pedagogia.

Este trabalho tem como objetivo analisar a prática de ensino das Ciências Naturais para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental desenvolvida na Escola Edson Mariana fazendo a reflexão acerca do papel do professor como profissional articulador da construção coletiva no cotidiano escolar.

A disciplina Fundamentos e Ensino das Ciências Naturais P/ a Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental é oferecida pelo curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Feira de Santana tendo como ministrante a Professora Renata Jucá.

Esta disciplina nos permite ter uma visão crítica das questões que englobam os encontros e desencontros históricos do se ensinar Ciências para nossas crianças.

Inicialmente apresentaremos um olhar sobre a escola observada, seu entorno sócio-cultural, estrutura física, ambiente, matérias, formação do professore e comunidade atendida.

Aproveitando o embalo do seminário realizado nesta disciplina: Saúde na Educação Infantil , apresentaremos nesse trabalho uma proposta de Projeto Didático – pedagógico: PROJETO SAÙDE E HIGIENE.

Todos os textos contidos no Projeto e nas aulas observadas estão devidamente anexados e em respectiva ordem e identificações para facilitar a localização.

2 - OBSERVAÇÃO

ESCOLA EDSON MARIANA

PROFESSORA REGENTE: Maria das Graças Sena de Jesus

OBSERVADOR: Joilson Aleixo da Silva

DISCIPLINA: Ciências CURSO:EnsinoFundamental

SÉRIE: TURMA: Única TURNO: Matutino UNIDADE: III

2.1 - REGISTRO DE COMPARECIMENTO

3.1 - OBJETIVO(S) DA AULA

O objetivo da referida é esclarecer na área de ciências as doenças transmissíveis em geral suas características contagiosas, sintomas e profilaxias. Atentar para as epidemias mundiais e nacionais tais como: gripe suína, dengue e etc.

3.2 - CONTEÚDOS TRABALHADOS

Especificamente Dengue e Gripe Suína e cuidados em geral com a saúde.

3.3 - RECURSOS DIDÁTICOS UTILIZADOS

Lousa, Textos, Revistas, Recursos audiovisuais e outros. A escola centraliza sua prática em projetos didático-pedagógicos.

3.4 - CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS

Salas padronizadas com infra-estrutura devidamente arejadas, portando ventiladores de teto, monitor de TV 24’’, carteiras em perfeito estado e arrumadas de acordo com o contento pedagógico para a desenvoltura de um determinado trabalho (enfileiradas ou em circulo). Possui banheiros para alunos e professores, cantina interna, uma pequena área de lazer embora muitas das atividades extra-classe são realizadas no pátio da igreja católica local e/ou na praça do areal (área de lazer do bairro fotos em anexo).

3.5 - CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS DA ESCOLA

Trata-se de alunos inseridos numa realidade socioeconômica de classe média/baixa. Na sua maioria do sexo masculino com comportamentos em níveis normais e corriqueiros, sendo que o maior problema enfrentado é a falta de interesse desses alunos pelos estudos, pois estes manifestam características de uma geração sucumbida pelo entretenimento tecnológico (internet, celular, jogos eletrônicos e etc.).

3.6 - DESENVOLVIMENTO DA AULA

3.6.1. - 1º dia:

Como sempre minha chegada ao recinto causa estranheza, além de eu ser para essas crianças um corpo estranho, ainda há a questão de gênero já que estas estão mais habituadas com visitas femininas.

Para minha surpresa, essa é a primeira vez que adentro em uma turma com um número tão pequeno de alunos. Tal fato é muito discutido nos cursos de formação de professores. Muitos acreditam que quanto menor a quantidade de alunos melhor é o trabalho de acompanhamento individual destes.

Após as apresentações a aula segue quase que normalmente, sendo que cada criança utiliza de seus meios de chamar a minha atenção, o que é normal e compreensível pelo menos no primeiro dia.

Aproveitando um ato de vandalismo ocorrido momentos antes nos arredores da escola a professora aproveita para pregar alguns princípios de respeito ao patrimônio público.

A professora finaliza a aula pedindo para que os alunos finalizem em casa as atividades de matemática que já estacam envolvidos desde a aula anterior.

Por ser minha primeira visita, neste dia não foi abordado temas relativos às ciências naturais embora é notório o trabalho de interdisciplinaridade que a professora realiza.

3.6.2 - 2ºdia:

O momento da acolhida é iniciado com uma oração e em seguida é realizada uma leitura reflexiva. Em seguida a professora abre uma discussão sobre os cuidados que devemos tomar quanto a dengue. As crianças demonstram razoável entendimento sobre a temática. A professora explica para as crianças dos ricos de jogarem plásticos ou embalagens dos lanches no chão, pois tal ato além de deselegante pode acumular água e contribuir para a proliferação do mosquito.

Foi apresentado um catalogo contendo imagens e informações de como se prevenir dos focos e dos mosquitos, bem como apresentado os sintomas da dengue. Além disso, foi apresentado para a turma um gibi muito interessante criado pelo Governo Federal: Vamos combater a Dengue: Entrevista exclusiva com o mosquito da dengue, infelizmente não adquiri uma cópia desse material, porém segue em anexo uma pequena amostra.

A professora finaliza a aula pedindo que os alunos prestem atenção nas campanhas de TV e rádio e alerta da importância de receber o agente de saúde e pedi que respondam em casa a folha de atividade

Para a aula seguinte, a professora recomenda que as crianças informem-se através da mídia sobre a gripe suína.

3.6.3 - 3ºdia:

O momento da acolhida é iniciado com uma oração e a leitura do texto reflexivo: A Quem Pertence. A professora começa a aula perguntando sobre o que as crianças estão percebendo em relação à gripe suína. Mais uma vez estas demonstram interesse pelo assunto e já começam a relatar sobre a onda de mortes e casos de suspeitas ocorridos com conhecidos ou não.

Para reforçar o tema a Professora faz uma leitura compartilhada de algumas publicações sobre o tema. Em seguida é proposto que as crianças tragam ou se informem sobre receitas caseiras para combater a gripe. Vale ressaltar a preocupação da professora com os cuidados com a gripe comum

Finaliza a aula falando sobre a gripe de uma forma geral e ao conversar sobre combate à gripe, sou presenteado com a promessa da aluna Rebeca de trazer uma receita caseira contra a gripe comum.

A solicitação da receita caseira segue na folha de atividade.

3.6.4 - 4º dia:

O momento da acolhida é iniciado com uma oração e seguido da leitura de mais um texto reflexivo: Uma Folha em Branco Chamada HOJE. Embora constar nesse relato apenas as observações das aulas de ciências, muitas foram as minhas visitas a esta instituição, portanto é compreensível notar alguns rostos tristes por saberem que é meu ultimo dia de observação, que na verdade acaba sendo uma co-participação por naturalmente ajudar a professora em algumas tarefas.

A professora retoma o texto sobre gripe suína trazendo informações da relação da desta com a obesidade, segundo alguns estudos, pessoas com sobrepeso favorecem as complicações dessas doenças.

Provavelmente pensando na unidade seguinte, que terá como tema gerador os hábitos alimentares, a professora alerta os alunos sobre a importância de uma alimentação saudável.

Recebo a receita contra gripe da aluna Rebeca.

Finalizamos com uma sessão de fotos que apresenta os ingredientes caseiros contra a gripe comum, os alunos, a professora e parte da infra-estrutura da escola.

3.7 - RELACIONAMENTO PROFESSOR - ALUNO

A interação do aluno é sempre cobrada graças ao bom relacionamento que a Professora tem com estes. Contudo eles usam como estratégia a tensidade forçando reclamações e consequentemente dispersões visando passar o tempo da aula. Ainda assim, a experiente Professora tem bom manejo da classe bem como excelente relacionamento. A professora possui uma relação com os alunos quase “maternal” onde ela aconselha muito seus alunos, e eles apesar de certa desobediência mantêm o respeito à professora.

3.8 - TENDENCIAS METODOLÓGICAS DO PROFESSOR

O discurso sobre os pressupostos teórico-metodológicos adotados pela escola estão pautados numa epistemologia sócio-interacionista e/ou construtivista.

A ação docente tende a uma postura construtivista, pois muitas das técnicas utilizadas envolvem a participação do aluno. O cunho religioso (católico) é notório e em toda temática a docente reforça princípios de valores positivos.

3.9 - HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR

Antigo curso de magistério; o chamado Curso Normal de Pedagogia e inúmeros cursos de formação continuada.. A professora ainda desenvolve trabalhos sociais em parceria com a Igreja Católica.

3.10 - APRECIAÇÃO DA AULA PELO OBSERVADOR

As referidas aulas foram de bom nível. Foi observado que a Professora domina a disciplina e tem vasto conhecimento sobre o conteúdo explanado e um admirável (e democrático) domínio sob a classe. As bases temáticas forma moléstias que vêm tomando grandes dimensões à nível mundial. A dengue já vem na tentativa de erradicação a cerca de duas décadas com: prevenções, conscientizações e praticas usual; já a gripe suína que é um fato recente, paira inúmera duvidas e mitos referentes.

As discussões acompanhadas por textos e acompanhamento dos meios de comunicação são características marcante na pratica nessa pratica docente, pois desperta a criança para a realidade que a cerca.

3.11 QUESTÕES COGNITIVAS

As temáticas foram bem aceitas pelos alunos que demonstraram bastante solícitos quanto aos conhecimentos bem como houve um grande interesse em discutir e indagar essas abordagens. É notável um bom nível de competência cognitiva devido a interação total com a aula, incluindo ações autônomas em trazer de casa recursos para complementar as discussões (revistas e receitas, por exemplo).

4 - O PROJETO DIDÁTICO – PEDAGÓGICO

PROJETO SAÚDE E HIGIENE

Alunos atendidos: 3ª série

Duração: 10 aulas de Ciências

Período: a combinar

Objetivos:

● Reconhecer a importância de cuidar da sua saúde.

● Identificar animais nocivos à saúde dos homens.

● Reconhecer que é preciso ter cuidado com determinados alimentos e situações prejudiciais a saúde.

● Distinguir diferentes formas de prevenção de doenças.

● Reconhecer os diversos cuidados higiênicos.

● Desenvolver a criatividade e a imaginação.

● Desenvolver a coordenação motora através das artes.

● Desenvolver a atenção e o raciocínio.

Desenvolvimento:

● Leitura e discussão de diferentes textos:

1. Com estas bolinhas não se brinca: catapora é coisa séria (anexo)

2. De mal com o banho (anexo)

3. Com alguns cuidados simples você coloca a dengue pra fora de casa (anexo).

4. Cuidando dos pés (anexo)

5. Doenças causadas por verme (anexo)

6. Verminose não é um problema individual. É familiar. (anexo)

7. Termômetro, o alerta vermelho (anexo)

8. Trabalhando com a matemática: xampu caseiro contra piolho (anexo)

9. Mitos e verdades na banheira (anexo)

10. Os dentinhos (anexo)

11. Gripe suína (anexo)

● Jogo da memória com imagens de materiais de limpeza pessoal (anexo)

● Caça – palavras (anexo)

● Atividades matemáticas

● Produção de textos

● Montagem de murais

● Confecção de fantoches (anexo)

● Pesquisas

● Cruzadinha da dengue (anexo)

Para cada aula de Ciências será apresentado um texto para discussão coletiva. Em seguida serão realizadas as atividades relativas ao tema na sessão Trabalhando com o texto.

Segue abaixo as etapas e atividades a serem realizadas:

Etapa 01:

Leitura e reflexão compartilhada do texto 1 seguido de atividade com as palavras cruzadas (anexo).

Etapa 02:

Criação de um teatro de fantoches. (folha de atividade em anexo)

Etapa 3:

Leitura compartilhada do texto 2 seguida de atividade interdisciplinar: Trabalhando com o texto: verbo e pronomes na folha de atividade (anexo).

Etapa 4:

Aula expositiva sobre a dengue. Em seguida será distribuído o texto 3 contendo informações sobre os devidos cuidados. Finalizando com a atividade de palavras cruzadas (anexo).

Etapa 5:

Serão dadas informações sobre os cuidados que devemos ter com nossos pés. O texto 4 acompanha folha de atividade para estimular o hábito da pesquisa (anexo)

Etapa 6:

Discussão dos textos 5 e 6 que informam sobre os perigos das verminoses. A atividade será uma pesquisa (em grupo) sobre uma verminose.

Etapa 7:

Após a leitura do texto 7, será apresentado para as crianças um termômetro digital e outro de mercúrio, ambos poderão ser manipulados pelas crianças para que compreendam seu funcionamento e importância. Ao final será realizada a uma atividade interdisciplinar na folha de tarefa.

Etapa 8:

O texto 8 traz um trabalho interdisciplinar com a matemática ao apresentar uma receita caseira de xampu contra piolho. A receita será distribuída entre os alunos.

Etapa 9:

Será feita uma discussão, a partir do texto 9, sobre os mitos e verdades em torno do habito de tomar banho. O aluno poderá contar suas experiência em torno das crenças populares em relação ao banho. Por exemplo, “pode tomar banho frio depois de comer algo quente?” ou “porque algumas pessoas têm odor? É do organismo ou do habito?”.

Em seguida os alunos pedirão ajuda aos pais para responderem a pesquisa da folha de atividade.

Etapa 10:

O texto 10 traz um poema, com rimas, que fala da importância de cuidar dos dentes. Em seguida as crianças deverão fazer uma lista das palavras que aparecem no diminutivo e passa-las para o grau normal e depois para o aumentativo. Finaliza-se apresentando o texto 11 e pedindo para que as crianças atentem para as reportagens que informam sobre a gripe suína.

PS: Em cada aula será sorteado um sabonete até que todos sejam premiados.

Material:

Bonecos de fantoches, papel A4, tesoura, revistas e jornais, termômetro digital e de mercúrio, ingredientes do xampu contra piolho, 9 sabonetes.

Avaliação:

● Exposição dos trabalhos com o tema “Valorize sua saúde e higiene”.

5 – CONCLUSÃO

Tentar compreender a complexidade da prática educacional é uma tarefa continua e desafiadora. De um lado existe a satisfação em sentir-se por um dado momento como parte de tudo isso, de outro uma lamentação por pensar que as coisas poderiam ser bem melhores.

Apontar os (in) responsáveis pela fragilidade de nosso ensino nunca foi o meu forte. Só mesmo uma consciência coletiva pode transformar o processo ensino-apredizagem . Com este e outros trabalhos desenvolvidos no Curso de Pedagogia passei a perceber que cada sujeito (seja profissional da educação ou não) deve ter sua parcela de contribuição.

O trabalho de interdisciplinaridade revela que ao observarmos as especificidades do fazer pedagógico inevitavelmente perceberemos as engrenagens que fazem parte de um “mecanismo” global. Ou seja, professores, coordenadores, gestores, alunos e principalmente a família devem entrar em sintonia em prol do bem estar da educação de nosso país.

O bom ensino requer associações com a realidade do aluno, e no ensino de Ciências não poderia ser diferente já que este ramo apresenta-se com um grande poder desde o inicio da civilização.

Tudo na vida é CIÊNCIA!!! A ciência pergunta, a ciência responde, a ciência domina e/ou liberta. Portanto este trabalho é mais um indício de que a ciência deve ser acessível ao público. Os professores têm o dever de desvelar os caminhos que nos levará de forma prazerosa ao conhecimento que em outrora eram criptográficos, pertencentes apenas aos ideais de dominação.

Romper paradigmas é uma atitude que começa dentro de casa e na sala de aula. Ensinar ciências para libertar por fazer pensar é o maior legado que um pesquisador pode deixar.

PS: (os anexos não estão publicados devido formatação não adequada p o site)

6 – REFERENCIAS

BARBA, P.; MARTINEZ, C.; CARRASCO, B. Promoção da saúde e educação infantil: caminhos para o desenvolvimento. Disponível em: Acesso em: 20/09/09.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 1997ª

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da saúde: 1998. Disponível em: . Acesso em: 20/09/09.

FERNANDES, M.H.; ROCHA, V.M.; SOUZA, D.B. A concepção sobre saúde do escolar entre professores do ensino fundamental (1ª a 4ª séries). 2005. Disponível em: Acessado em: 20/09/09.

FONSECA, Lúcia Lima da. O Universo na Sala de Aula — Uma Experiência em Pedagogia de Projetos, Ed. Mediação,( data e local não encontrados). Disponível em: Acessado em: 224/09/09.

GONDRA, J. G. Homo hygienicus: educação, higiene e a reinvenção do homem. Campinas, v. 23, n. 59, p. 25-38, abr. 2003. Disponível em Acessado em: 20/09/09.

HERNADES, Fernando Transgressão e Mudança na Educação — Os Projetos de Trabalho,Ed. Artmed,( data e local não encontrados). Disponível em: Acessado em 23/09/09.

MAHEU, Eric. Roteiro para construção de projeto didático-pedagógico de estágio edc UFBA.-168. Disponível em: http://www.c7s.com.br/simposio/III/palestras

MOLINARI, C & CASTEDO, M. Ler e escrever por projetos. (apostila). Disponível em: http://www.c7s.com.br/simposio/II/palestras. Acessado em 21/09/09.

REPORTAGEM: A gripe suína e outras epidemias. Disponível em: http://www.centralblogs.com.br/post.php. Acessado em: 21/09/09.

REPORTAGEM: O mapa da gripe suína. Disponível em: http://www.ultimosegundo.ig.com.br . Acessado em 23/09/09.

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/observacao-de-aulas-e-projeto-didatico-pedagogico-1173499.html

Perfil do Autor

Estudante de pedagogia.
Autor de o Super-pai: A emergência de um novo modelo de paternidade.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A origem do Povo Espartano

Com a chegada dos Dórios ao Peloponeso por volta do séc. XI a. C., as populações que ali residiam, foram submetidas a escravidão, com a maior parte de seu território subjugado, formando assim o estado espartano.
Devido ao conhecimento sobre o uso e produção de armas de ferro, os Dórios destruíram as cidades dos Aqueus, graças a superioridade militar. Dividiram as terras dos vencidos entre si, cabendo um lote de terra , chamado "Kleros", a cada família dórica. Entretanto, tal distribuição de terras, agravou-se devido ao grande crescimento populacional. A princípio, a melhor saída para resolver esse problema foi a colonização, Esparta passou a fundar colônias. Outra alternativa eram as Criptias (anualmente jovens espartanos em treinamento no Agogê, caçavam e matavam escravos na floresta, aperfeiçoando suas técnicas de combate, diminuindo assim o excedente populacional nas colônias). Entre as colônias, destacou-se a Messênia, que embora subjugada e seus habitantes reduzidos a hilotas - que eram escravos do estado espartano - os messênios nunca cessaram sua resistência a dominação Espartana.
Em Esparta existiam três camadas sociais intrisicamente diferenciadas, que eram: Os espartanos ou esparciatas, descendentes diretos de famílias dos conquistadores dórios. Os periecos, composta por populações livres, sem direitos políticos, supostamente descendentes dos Aqueus. Os hilotas, camada que era composta pelas populações dominadas e reduzidas a escravidão.
Toda a sociedade e educação espartana era voltada para a vida militar, para as  guerras. Nessa organização social, o exército era fundamental para a hegemonia do estado espartano. O estado regulava minuciosamente a vida familiar dos espartanos, desde o nascimento, momento em que os meninos eram examinados pelos Éforos, para saberem se possuíam alguma deformidade física, característica esta, predominante nos aspectos culturais espartano, que era a Eugenia, "culto a perfeição física". Caso houvesse alguma deforminade fisica, que impossibilitasse futuramente o menino de compor o exército, ocorria o infanticídio (outra característica dos aspectos culturais de esparta) - crianças eram lançadas do Monte Taigeto, para morrerem, sendo assim, descartadas.
Referência do texto
(Comentários de William James, a luz da disciplina "História Antiga II" ministrada pelo Profº Luiz Gustavo) 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DOCUMENTOS DA INDEPENDÊNCIA

Dois documentos marcam o nascimento da nação norte-americana: a Declaração de Independência, de 1776, e a Constituição, de 1787. Ambos são referências significativas para a construção política, social e econômica da independência norte-americana.
Leia o trecho inicial da Declaração da Independência:
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário um povo dissolver laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direitos as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno ás opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
Que afim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou abolí-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. [...]

Assinatura da Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776.
Leia agora a introdução da Constituição, elaborada originalmente em 1787:
Nós, o Povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a Justiça, asseguar a tranquilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.
(Folheto distribuido pelo Serviço de Divulgação e Relações Culturais dos Estados Unidos da América, s.l., s.p., p. 1-9

Referência Bibliográfica
PANAZZO, Sílvia & VAZ, Maria Luísa Albiero, Navegando pela História, 8º ano/ São Paulo: Quinteto Editorial, 2009. (Coleção navegando pela história)

Achamento, descobrimento ou posse?

Em sua carta, o escrivão Pero Vaz de Caminha utiliza a expressão achamento para descrever a chegada dos portugueses às terras que viriam a formar o Brasil. Essa palavra foi se tornando antiquada e substituída por descobrimento. Mas, na verdade, o temo mais adequado parece ser tomada de posse.
Qualquer que seja a expressão usada, o certo é que a chegada dos portugueses fez parte da expansão comercial européia para outros continentes. E os portugueses, pelo Tratado de Tordesilhas, consideravam-se donos das terras em que aportaram. Não tinham qualquer dúvida sobre isso. Sem pedir permissão aos habitantes locais, ergueram cruzes e deram nome à terra. Depois, sem querer saber como os nativos se autodenominavam, passaram a chamá-los de índios. Na verdade, esse nome tinha sido dado aos nativos de Colombo, quando os espanhóis chegaram às Antilhas acreditando ter chegado às índias. Na América do Norte, na América Central ou na América do Sul, o termo índio enraizou-se.(...)

Referência Bibliográfica.
Mello, Leonel Itaussu de A. & Luís César Amad Costa - 1. ed. São Paulo: Scipione, 2006
(Construindo consciências)

COLOSSO DE RODES




2ª Maravilha do mundo antigo – Colosso de Rodes era uma estátua de bronze de 30 metros de altura que representava o deus do Sol grego, Apolo (Helius para os romanos). Esculpida em 280 a.C. por Chares, de Lindos, uma das cidades da ilha de Rodes, ela foi feita para guardar a entrada do porto e comemorar a retirada das tropas do rei macedônio Demétrio Poliorcetes, que promoveu um longo cerco à ilha.

Alguns relatos dizem que o metal para a estátua foi conseguido fundindo os armamentos abandonados pelos macedônios. O Colosso tinha uma tocha em uma das mãos e uma coroa de chamas (alguém copiou a ideia por estes lados), e que os dois pés de Apolo estavam apoiados na mesma base e outras fontes pregam que eles estariam separados em diferentes pilares, um de cada lado do porto, de modo que as embarcações que chegassem teriam de passar sob ele.

Um terremoto o derrubou e ele ficou esquecido durante muito tempo até ser resgatado, fundido e trocado por 900 camelos num negocio entre árabes e comerciantes de sucata judeus.

G. Albuquerque

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

RESUMO DO FILME OS 300 ESPARTA

O filme trata da resistência heróica do exército liderado pelo rei Leônidas que contava com apenas 300 espartanos (e 7000 outros gregos que voluntariamente a eles se juntaram, já que a maior parte das cidades-estado se recusou a entar no conflito) contra Xerxes, o rei da Pérsia. O exército de Xerxes contava com uma ou talves duas centenas de milhares de guerreiros (não há certeza sobre o número, mas fosse qual fosse, era infinitamente maior em relação ao seu oponente) e Xerxes, por conta dessa vantagem, teria dito "Minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol", e Leónidas respondido: "Tanto melhor, combateremos à sombra!" . Leônidas combatia com duas vantagens: seus 300 guerreiros eram profissionais, desde a mais tenra infância os epartanos eram criados e treinados para serem os melhores e maiores guerreiros do mundo grego; geograficamente sua posição, no desfiladeiro das Termópilas, em relação a Xerxes era muito superior, tanto que apenas nos primeiros dias de batalha, Leônidas e seus homens teriam eliminado aproximadamente 20 mil persas. Elfiates, um pastor a quem Leônidas se recusou a deixar que lutasse em seu exército por conta de suas deformidades físicas, revoltado e inconformado por não poder guerrear ao lado dos seus, procurou Xerxes e revelhou-lhe uma passagem que contornava o desfiladeiro e acabava com a vantagem de Leõnidas atingindo-o pela pelos flancos e cercando seu exército. E foi dessa maneira que o exército persa conseguiu ganhar a batalha. Percebendo a derrota iminente Leônidas teria dito: " "Almocem comigo aqui, e jantem no inferno". Cercando-os por todos os lados, Xerxes ordenou a deposição das armas, ainda assim Leônidas não se curvou e respondeu: " Venham buscá-las". Pouco antes do confronto final ele destacou um de seus homens e o mandou de volta à Esparta para que esse divulgasse como os espartanos haviam defendido não apenas sua cidade, mas toda a Grécia que havia se recusado a enviar seus homens para enfrentarem Xerxes. Dessa forma seu nome e seu exército se tornaram uma lenda e um exemplo de resistência e coragem.

A té mais!!! Elzeli

PARA SABER MAIS

Cavalo de Troia
 
Cavalo de Troia em pintura de Giovanni Domenico Tiepolo

O cavalo de Troia foi, segundo narrativas lendárias associadas à conquista da cidade de Troia, localizada na costa oriental do mar Mediterrâneo, no extremo oeste da Anatólia, um imenso cavalo feito de madeira usado pelos gregos para que seu exército pudesse entrar na cidade sem ter de passar pela muralha que a protegia.
A cidade de Troia foi assediada por legiões gregas durante a chamada Guerra de Troia, quando o artefacto de madeira foi deixado junto a suas muralhas. Construído de madeira e oco no seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro de seu ventre. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo. Após a morte de Lacoonte, um grego que atirou um dardo ao cavalo, o presente entrou na cidade.
Durante a noite, os guerreiros deixaram o artefacto e abriram os portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Troia, tomar a cidade, incendiá-la e destruí-la.
O cavalo de Troia teria sido uma invenção de Odisseu (o guerreiro mais sagaz da Ilíada e personagem da Odisseia) e construído por Epeu.

Até mais!!! Elzeli

FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ (1761-1782)


G. Albuquerque
A fortaleza de São José de Macapá marca uma fase importante da ação portuguesa na Amazônia que, naquele momento, se mostrava vulnerável às nações colonialistas européias como a França, que cobiçava a região na esperança de estabelecer posses.

O Estado português, para garantir seus domínios, põe em prática uma política de militarização e defesa através de fortificações em pontos estratégicos da Amazônia, formando núcleos seguros e permanentes de defesa. As fortificações atendiam a uma finalidade militar, mas também de ocupação da região através da colonização.
O forte de Macapá foi então construído atendendo a uma finalidade dupla: a defensiva aliada à necessidade de povoamento e desenvolvimento local.

Do início do século até fins do século XVIII, foram tomadas providências para a construção de várias fortificações na Amazônia, entre as quais em ordem cronológica são: Gurupá (1623), Desterro (1638), Araguary (1660), S. Pedro Noiasco (1665), S. José do Rio Negro (1665), N. Srª das Neves das Barras (1688), Reduto de Macapá (1738), bateria de Barcelos (1755), Curiahu (1761), S. Gabriel (1762), Tabatinga (1770) e Bateria de Santo António (1773).

Quanto à Fortaleza de São José, houveram construções anteriores no mesmo sítio geográfico. Forte de Cumaú, atual Macapá, onde mais tarde ocuparia o Forte de São José, sob orientação do engenheiro do Estado Joseph de Velho Azevedo, sendo concluída a 6 de setembro de 1674 com 7 peças de artilharia.
As fortificações do Cabo Norte, contudo, não foram apenas de iniciativa portuguesa, pois, muito antes, na tentativa de dominar a região, holandeses e ingleses já haviam erguido, em 1630, o Forte de Torrego entre o rio Manacapuru, o Forte de Felipe entre os rios Manacapuru e Matapi e no ano de 1630 e em 1632 o Forte Cumaú, todos conquistados pelo portugueses.

O Forte Cumaú foi construído para defender a região, contudo, não resistiu ao ataque francês chefiado por De Ferrolles, que partiu de Caiena em 31 de março de 1697, tomando-o. O forte foi novamente dominado pêlos portugueses a 10 de julho de 1697. Sendo seus ocupantes capturados, o governador mandou erguer ao seu lado um Forte de Faxina, de pau-a-pique, devido ao seu estado precário.

A planta da Fortaleza foi traçada pelo arquiteto João Geraldo Grafelts e o projeto foi preparado em 1761. No entanto, as obras só seriam postas em prática, no governo de Fernando de Costa Athayde Teive que visitou Macapá em companhia do engenheiro Henrique António Gallucio que os aprovou.

Em 1766 o forte recebeu suas primeiras peças de artilharia, 74 de um total de 107; a obra decorreu lentamente, João Pereira Caldas notou a presença de grandes defeitos de construção, isso também decorreu em grande parte da falta de braços e recursos para a edificação da obra.




Mesmo com todas as dificuldades, o forte de São José de Macapá foi inaugurado em 19 de março de 1782. A obra de pedra e cal, erguida no sistema Wauban foi festejada na ocasião com missa celebrada na Igreja de São José. O engenheiro Henrique Gallucio veio a falecer de malária antes de ver o trabalho concluído.

A fortaleza no século XIX

Após a independência do Brasil, o forte de Macapá foi entregue ao governo imperial e este demonstrou pouco interesse no término da obra e em sua conservação por considerá-la muito onerosa, os governadores não se empenharam de forma alguma, quer por desconhecimento ou por a acharem de menos importância.  


No período republicano o forte teve várias funções ao gosto das autoridades governamentais, de aquartelamento de tiro, prisão e curral de animais, o que é verdade, é que nenhuma atenção especial lhe foi até agora dispensada; dessa forma, na atualidade, se faz necessária uma ação governamental eficaz que vise a preservação deste património histórico, parte importante do nosso passado que não pode ser esquecida por nossas gerações futuras.


Cronologia

1690 - O governador António Albuquerque manda reforçar a guarda do extremo norte.
1691 - Aprovação da construção das fortificações do Cabo Norte: Araguai, barra do Amazonas e Macapá.
1692 - Aprovação dos atos de construção do forte de Cumaú, atual Macapá.
1694 - Conclusão das obras do forte de Cumaú.
1696 - Ocupação Francesa e destruição do forte de Cumaú; ordens para erguimento de fortificação provisória.
1730 - Mudança de Casa forte da Ilha de Santana.
1738 - Notícia de João Abreu Castelo Barranco sobre a urgência da fortificação de Macapá.
1740 - Construção de forte de Faxina e terra no sítio de Macapá.
1751 - Visita do governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado a
Macapá, com intenções de construir uma fortificação definitiva de pedra e cal.
1753 - Aprovação pelo rei Dom José I dos atos relativos ao povoamento de Macapá e a conveniência de se construir uma praça armada. Destacamentos de Lisboa são designados para guarnecer Macapá.
1758 - Criação da Vila de Macapá.
1765 - O capitão general Athayde Teive solicita aprovação da plantado forte ao rei Dom José I. Deu-se início aos trabalhos da construção.
1767 - Devido a falta de braços, o governador manda reforçar a vinda de índios para andamento da construção.
1769 - Morre em Macapá o engenheiro Henrique António Gallucio vitimado por malária.
1771 - Término das obras internas da fortaleza.
1782 - Inauguração da Fortaleza de São José de Macapá.
1824 - Entrega da obra aos representantes do governo imperial.

kaikuxi@hotmail.com


Referencia bibliográfica

CARVALHO, João Renôr Ferreira de. Momentos de Historia da Amazônia. Imperatriz: Ética, 1998. 260p