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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conceituando Hipertexto

  “Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informações na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia", que seria a ligação de textos com outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado.
            O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.
Considero importante localizar o conceito etmológico da palavra hipertexto postada no Wikipédia a nível de conhecimento e enriquecimento da nossa pesquisa.
O prefixo hiper - (do grego "υπερ-", sobre, além) remete à superação das limitações da linearidade, ou seja, não sequencial do antigo texto escrito, possibilitando a representação do nosso pensamento, bem como um processo de produção e colaboração entre as pessoas,ou seja, uma (re)construção coletiva. O termo hipertexto, cunhado em 1965, costumeiramente é usado onde o termo hipermídia seria mais apropriado. O filósofo e sociólogo estadunidense Ted Nelson, pioneiro da tecnologia da informação e criador de ambos os termos escreveu:
Atualmente a palavra hipertexto tem sido em geral aceita para textos ramificados e responsivos, mas muito menos usada é a palavra correspondente "hipermídia", que significa ramificações complexas e gráficos, filmes e sons responsivos - assim como texto. Em lugar dela usa-se o estranho termo "multimídia interativa", quatro sílabas mais longa, e que não expressa a idéia de hipertexto estendido.
 
Podemos dizer que hipertexto é um texto dentro de outro.
            O conceito histórico de hipertexto também faz-se necessário para uma melhor compreensão do que estamos estudando nesta segunda unidade.
A idéia de hipertexto não nasce com a Internet, nem com a web. De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.
Provavelmente, a primeira descrição formal da idéia apareceu em 1945, quando Vannevar Bush publicou na The Atlantic Monthly, "As We May Think", um ensaio no qual descrevia o dispositivo "Memex". Neste artigo, a principal crítica de Bush era aos sistemas de armazenamento de informações da época, que funcionavam através de ordenações lineares, hierárquicas, fazendo com que o indivíduo que quisesse recuperar uma informações tivesse que percorrer catálogos ordenados alfabetica ou numericamente ou então através de classes e sub-classes. De acordo com Bush, o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex.
O dispositivo nunca chegou a ser construído, mas hoje é tido como um dos precursores da atual web. A tecnologia usada seria uma combinação de controles eletromecânicos e câmeras e leitores de microfilme, todos integrados em uma grande mesa. A maior parte da biblioteca de microfilme estaria contida na própria mesa com a opção de adicionar ou remover rolos de microfilme à vontade. A mesa poderia também ser usada sem a criação de referências, apenas para gerar informação em microfilme, filmando documentos em papel ou com o uso de uma tela translúcida sensível ao toque. De certa forma, o Memex era mais do que uma máquina hipertexto. Era precursor do moderno computador pessoal embora baseado em microfilme. O artigo de Novembro de 1945 da revista Life que mostrava as primeiras ilustrações de como a mesa[1] do Memex podia ser, mostrava também ilustrações de uma câmera montada na cabeça, que o cientista podia usar enquanto fazia experiências, e de uma máquina de escrever capaz de reconhecimento de voz e de leitura de texto por síntese de voz. Juntas, essas máquinas formariam o Memex, provavelmente, a descrição prática mais antiga do que é chamado hoje o Escritório do Futuro.
Algumas outras definições de hipertexto são comentadas em outros sites, assim como em blogs  que são destinados especificamente no comentário do conceito acima proposto, e  que destacamos abaixo:
Hipertexto é uma maneira de organizar um texto de forma não linear, em que se inserem links de navegação em palavras-chaves. Esses links remetem o leitor a outros documentos de texto, a outros sites ou abrem janelas de conceitos adicionais que também podem ser hipertextuais. Nesse caso o texto, tal como o cérebro humano, assume uma estrutura não hierárquica cuja característica é a capilaridade, ou melhor, uma forma de organização em rede. O usuário ao acessar um ponto determinado de um hipertexto, consequentemente, outros que estão interligados também são acessados, num grau de interatividade que ultrapassa a barreira da leitura plana ou linear.

Com a disseminação da Internet, surge o hipertexto, que é um documento eletrônico composto de unidades textuais interconectados que formam uma rede de estrutura não linear, por meio de links, nos quais o leitor vai criando suas próprias opções e trajetórias de leitura, o que rompe o domínio tradicional de um esquema rígido de leitura imposto pelo autor.
O conceito de hipertexto se amplia para o de hipermídia pela associação entre hipertexto e multimídia. Textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles. A WWW é o sistema hipermídia mais conhecido na atualidade. Sua independência de plataforma e a possibilidade de agregar novos recursos e serviços aos documentos apresentados implicam a facilidade de execução dos vários recursos pedagógicos.
A hipermídia amplia os princípios da escrita eletrônica para o domínio da interação, do som e da imagem. Tudo o que se perceber visual ou audiovisualmente pode fazer parte da textura destes documentos digitais que, por sua flexibilidade e por seu dinamismo, farão com que seja cada vez menos nítida a distinção entre escritor e leitor.
O texto eletrônico em formato hipertextual e multimidial oferece um novo meio de leitura e de escrita, em que o usuário pode- interagir de maneira mais dinâmica com a informação; escolher entre múltiplas trajetórias e esquemas possíveis de leitura; experimentar o texto como parte de uma rede de conexões navegáveis que oferecem acesso fácil e rápido a outra informação necessária para a compreensão.
Dentre os aspectos que caracterizam o hipertexto, está atualmente o seu uso frequente no espaço educacional, em que podem ser consideradas as vantagens e desvantagens no uso dessa ferramenta. Paralelamente aos aspectos positivos os teóricos do hipertexto apontam, também, os problemas que podem advir de seu uso como sistema de ensino e aprendizagem. Para Santos a característica de não linearidade exige atenção redobrada para que o foco de pesquisa não seja deslocado para assuntos diversos, também de interesse do aluno e do pesquisador, mas que não se definem como complementares àquela intertextualidade que o leitor hipertextual buscava no início da pesquisa.
Importante destacar, que pela disponibilidade de inúmeras informações a um clik do aluno, o hipertexto pode proporcionar uma distração ao tema proposto para pesquisa, com fontes de informações desnecessárias para aquele determinado projeto de pesquisa.
Snyder (1996) aponta para os fatos de que: o texto eletrônico depende de uma tecnologia emergente, sujeita a constantes transformações; a boa utilização do hipertexto passa por um conhecimento da máquina para que sejam devida e corretamente explorados os seus recursos - um certo conhecimento da gramática da tela que oriente a escrita para que seja mais adequada ao meio que a torna possível.
Entende-se, porém, que, muito mais do que uma simples enumeração de vantagens e problemas há que se usar o argumento de uma reflexão sobre o hipertexto, o qual se apresenta não só como uma nova forma de produção e transmissão cultural, mas também de escrita e leitura, para se repensar alguns aspectos da própria educação.
Ainda sobre o conceito de hipertexto temos: "O hipertexto é um texto com conexões. Não é uma idéia nova. Cada vez que se escreve e se acrescenta referências, notas de rodapé, índice, implica que o leitor não precisa fazer uma leitura linear, podendo seguir o que mais gosta". (MARTÍNEZ)

            "É um conjunto de nós por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, ou parte de gráficos, seqüências sonoras, documentos complexos que eles mesmos podem ser hipertextos. Navegar em um hipertexto significa, portanto, desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicado quanto possível, porque cada nó pode por sua vez, conter uma rede inteira." (LÉVY, 1993).
Hipertexto é uma cadeia de textos interligados entre si por meio de palavras sublinhadas e coloridas que são chamadas links. Cada palavra marcada, destacada, possui um vínculo com outro documento. Ao clicar nesses links, o usuário de Internet terá acesso a outro texto, que trará maiores informações a respeito da palavra sublinhada ou colorida. O usuário pode "se movimentar" de um documento para outro desses links. Desta forma, o processo de leitura torna-se não linear. Dúvidas podem ser resolvidas no instante em que aparecem, sem a necessidade de procurar referências. Enfim, conforme a leitura das informações vai sendo feita, você "mergulha" nas informações relacionadas, proporcionando um mundo de informações correlatas.
            O hipertexto está relacionado à própria evolução da tecnologia computacional quando a interação passa à interatividade, em que o computador deixa de ser binário, rígido e centralizador, para oferecer ao usuário interfaces interativas. O termo interativo já pertencia ao campo das artes quando se propunha intervenção do/com apreciador, no entanto o termo interatividade passa a se associar a sistemas da informática, por fazer um contraponto à leitura/escrita das metanarrativas.
            O hipertexto vem auxiliar o ser humano na questão da aquisição e assimilação do conhecimento, pois tal como o cérebro humano, ele não possui uma estrutura hierárquica e linear, sua característica é a capilaridade, ou melhor, uma forma de organização em rede. Ao acessarmos um ponto determinado de um hipertexto, conseqüentemente, outros que estão interligados também são acessados, no grau de interatividade que necessitamos.
            Por muitos anos interagir com o computador exigiu uma base de conhecimento em alguns sistemas de hardware, mas com a evolução de softwares hipertextuais, cada vez mais têm sido aperfeiçoados mecanismos de interatividade através do mouse e de outros periféricos, como câmera, scanner, etc. A tela de um monitor apresenta-se hoje fragmentada e personalizada, proporcionando ao usuário a facilidade de acesso às informações e a forma lúdica de utilização das ferramentas.
            Foi no campo da informática que surgiu o hipertexto, pela necessidade de tornar o computador cada vez mais interativo. Mas o hipertexto não precisa ser interativo e sim “explorativo”. Ao navegar pela internet vamos encontrando endereços de sites, palavras sublinhadas, ícones piscando, e muitos outros atrativos que nos levam a clicar com o mouse e abrir diversas janelas, pois bem, este é o chamado efeito hipertextual no ciberespaço. Da mesma forma pode acontecer num documento de texto (Word, Página na internet), onde se inserem palavras-chaves que levam a outros textos ou imagens.
            Ele não está presente apenas no campo da informática, mas encontra-se também nos livros de formatos convencionais, onde os autores buscam facilitar a compreensão de cada capítulo na sua individualidade, sem que perca a essência que compõe o todo, a idéia central do autor. Hoje é muito comum encontrarmos livros organizados por um autor e escritos por vários. Estes livros não lineares são exemplos de hipertextos.
 Postado por William James.
Forte abraço!!!
Referências

http://www.infoescola.com/informatica/hipertexto/

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ESTAGIO NA E. E. PADRE SIMÃO CORRIDORI

O estágio é um importante instrumento para os futuros profissionais da educação, pois é através dele que colocamos na prática os nossos conhecimentos e aprimoramos nossas técnicas para a futura profissão, contribuindo para o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos na sala de aula da Unifap principalmente nas disciplinas de Didática e Prática de Ensino oferecido por esta instituição de ensino.

 Ana, Genilson e Liliana



Durante o estágio podemos relacionar o conhecer acadêmico com a prática em sala de aula, acelerando a formação profissional, possibilitando perceber as dificuldades e assim buscar aperfeiçoamentos para que possamos nos tornar um profissional capacitado.

VISITA AS DEPENDENCIAS DA ESCOLA
sob a companhia do Diretor Erico Santos





 


quarta-feira, 9 de março de 2011

MITOS INDIGENAS AMAPAENSE

Palikur
No começo do século XVI, esta tribo habitava a margem setentrional do estuário do Amazonas, mas há mais de 200 anos localizou-se no lugar em que agora se acha, no rio Aracauã, afluente do Uaçá, que desemboca junto ao Oiapoque. Seu numero é atualmente de uns 300. Sua língua pertence à família Aruak, porém assemelha-se mais às línguas do centro das Guianas que ao Arawak verdadeiro da costa..

A origem do clã Kamohi-yune

No tempo em que os Palikur ainda habitavam nas terras do sudeste, uma mulher teve um filho do clã Wakapuéne, de nome Parákwa (araquã, por causa da ponta traseira, comprida, da sua tanga). Ele era panema, e sua mae padecia, muitas vezes, fome. Num dia, ela se zangou e o expulsou de casa para o mato: que corresse até alguma fera o devorasse!
Na mata, Parákwa encontrou-se com o demônio Wéri, que lhe perguntou de onde vinha e para onde ia. “Minha mãe me enxotou para a mata para eu ser devorado por alguma fera”, respondeu Parákwa. “Mostra-me uma vez o teu braço!”, mandou Wéri, e, depois de examiná-lo, disse que Parákwa tinha aí um bicho pernicioso. Mandou que Parákwa atirasse uma flecha num dos galhos de uma arvore e que subisse depois para busca-la. “O pau não quebrará?”, perguntou Parákwa. “Não”, respondeu Wéri, “podes trepar!” Mas quando Parákwa subiu, a arvore quebrou e ele caiu, ficando esmagado no chão. Wéri, cortou-o em pedaços, que queimou, e da cinza fez um novo Parákwa. Mandou que atirasse num pássaro e Parákwa, que dantes nunca acertara, desta vez acertou. Depois Wéri mandou que voltasse à casa de sua mãe.
“Mãe”, disse Parákwa quando voltou, “eu vim para caçar e pescar para ti e nunca mais sofrerás fome!” Embarcou na canoa, foi ao rio e voltou com a embarcação cheia de peixes. Sua mãe ficou contentíssima, e, depois de algum tempo, mandou que ele fosse procurar uma mulher para si.
Parákwa foi e chegou ao rio Arucauá onde morava Yakawári com sua irmã Kureluakú, filhos de Aríuti, da estirpe ddo Sol. Parákwa tomou Kureluakú por mulher, e Yakwári casou com a irmã de Parákwa e tornou-se o fundador ddo clã dos Kamohi-yune.

A origem dos Galibí
No meio das grandes savanas alagadiças, aquém do morro Yxayali (Cayary) existe um grupo de seis (ou sete?) pequenas ilhas de mato, hoje chamadas Hinyé-pnawá – Casa dos Galibí. Há muito tempo morava ali uma mulher Palikur com um filho e uma filha. Um espirito da montanha (yumawalí) enamorou-se da moça, visitando-a amiúde, sem que os outros jamais o vissem. Ficando porém, grávida, seu irmão exigiu-lhe uma explicação de como pudera isso ter acontecido, se ninguém virá um homem junto a ela. A moça respondeu que ela própria não sabia explicar, mas o irmão, desde então, entrou a vigiá-la e, um dia, surpreendeu-a com Yumawalí na roça. Ele tinha deitado a cabeça no regaço da moça, e a sua coroa de penas estava pendurada num galho ao lado. O irmão resolveu matar o amante e sua irmã e lhe atirou uma flecha. O Yumawalí, porém, deu ao projétil uma outra direção, de maneira que este, em lugar de matá-lo, matou a moça. Depois ele apanhou sua coroa de penas e, no momento em que a colocou na cabeça, tornou-se invisível. 
O irmão levou a noticia de desgraça à sua mãe, que o mandou sepultar o cadáver da irmã. Depois, sempre de três em três dias, ia visitar-lhe a sepultura. Na primeira e segunda vez, nada achou de extraordinário; na terceira vez, porém, viu uma profusão de vermes que, saindo da terra, foram por ele totalmente destruídos. O mesmo fez na quarta visita. Na quinta, ele encontrou, além dos vermes, alguns meninos, ainda tenros, que engatinhavam sobre a sepultura, tendo nas mãos pequenos arcos e flechas. Um deles se levantou e disse ao irmão da finada: “Não mates mais esses vermes! Tu mesmo és culpado de estarmos nascendo com forma de vermes e só depois ficarmos gente!” Na outra visita à sepultura, já encontrou muito mais meninos do que vermes e continuaram a aparecer em número cada vez maior. Assim originou-se a tribo dos Galibí. 
Os pequenos cresceram quando se tornaram adultos, resolveram vingar a morte de sua mãe nos parentes do assassino e começaram a guerra contra os Palikur.

kaikuxi@hotmail.com

Fonte:
REVISTA DO PATRIMONIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL: Mitos Indígenas Inéditos na obra de Curt Nimuendaju. Nº 21. Rio de Janeiro: Pró-Memória, 1986.
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

VAN GOGH


LOUCO DE DOR DE OUVIDO


 Vincent Van Gogh foi dado como insano quando, em 1888, cortou a orelha direita, mas os médicos modernos que examinaram os escritos do pintor sobre seu problema concluíram que ele sofria da doença de Menière, um acumulo de fluido no ouvido que perturba o equilíbrio. 



A doença não era conhecida na década de 1880, sendo muitas vezes confundida com epilepsia ou loucura. Possuído pela dor de ouvido no fim da vida, Van Gogh passou um tempo em um sanatório antes de finalmente suicidar-se com um tiro, em 1890.

Imagens: http://www.vangoghmuseum.nl/vgm/index.jsp?lang=nl
kaikuxi@hotmail.com

domingo, 27 de fevereiro de 2011

PARA ONDE IREMOS?

 Anjos caídos



O homem veio da terra 

Gênesis 2:7 - E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. 

E voltará a ela em toda sua plenitude 

Gênesis 3:19 - No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.


Ninguém no mundo viveu ou viverá mais que 120 anos


Gênesis 6:3 - Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.


O espirito habita nos homens - sopro divino que nos deu a vida - portanto, não conte com uma vida no céu ou no inferno, alias, o inferno é aqui 

Gênesis 6:17 - Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará. 

Gênesis 7:22 - Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. 

Não há comunicação entre vivos e mortos 

Levítico 20:27 - Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles. 

Deuteronômio 18:11 - Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;


Isto é uma prerrogativa divina e não do homem


Juízes 9:23 - Enviou Deus um mau espírito entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém; e estes se houveram aleivosamente contra Abimeleque; 

Portanto, já sabes para onde irás. Então desapegue-se de afirmações como: caminho, luz branca (ou qualquer outra cor), túnel, paraíso. etc. 

Na real? Poucos sobreviverão (os escolhidos) que ocuparão o Éden novamente. Neste contexto, é melhor encarar a verdade o Paraíso é aqui e o inferno logo ali. Não deixe o folego divino ser substituído pelo folego maligno e, você, terá grandes chances de retornar ao Éden.

kaikuxi@hotmail.com

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pormenores do julgamento de Jesus


No ano 30 (ou 29) da nossa era, três cruzes foram levantadas nos arredores de Jerusalém: em duas delas morriam dois homens condenados por crimes comuns; na terceira morria Jesus de Nazaré. Eram os dias da Páscoa judaica, portanto o fato ocorreu entre março e abril daquele ano.
Jesus havia sido humilhado ante dois tribunais e submetido a dois julgamentos: o do Sinédrio e o do Procurador Romano Pôncio Pilatos. O do Sinédrio condenou Jesus por blasfêmia: havia-se proclamado filho de Deus. Porém as autoridades judaicas, como lemos no Evangelho de São João, não tinham autorização para emitir e executar sentenças capitais. Por isso, na madrugada da sexta-feira, levaram o preso ao tribunal de Pilatos.

Neste caso, a acusação foi outra, muito hábil: este Jesus havia-se proclamado rei dos judeus, quer dizer, tinha-se colocado contra "César", o imperador de Roma. Pilatos se deu conta de que a acusação não tinha nenhum fundamento, porém teve medo de que os judeus o denunciassem a Roma e mandou que Jesus fosse crucificado. Todavia, o desenlace dos acontecimentos, tanto na Palestina como em Roma, não foi favorável a Pilatos; a decisão de condenar Jesus foi considerada politicamente equivocada. De fato, no ano 36, será destituído.

O imperador de Roma era Tibério ('19-36 d.C.), primeiro sucessor de Augusto. Na realidade, até o ano 31, Tibério havia deixado a administração de todo o império nas mãos de Sejano, do qual Pilatos era o homem de confiança. Porém, no ano 31 Sejano foi destituído pelo próprio Tibério, que retomou o controle do império. Com respeito à turbulenta província da Síria (que agora inclui a Palestina), seu legado Vitélio - no ano 36 - destituiu o sumo sacerdote Caifás e decidiu que Pilatos deveria voltar a Roma para prestar contas de toda a sua política até o momento. O juízo é desfavorável e Pilatos morre de forma violenta.
Deste modo começamos a descobrir que - a partir do ano 31 e, como veremos, até o ano 62, quando Nero (54-58 d.C.) mudou radicalmente sua política - Roma não foi hostil ao cristianismo. E durante mais de 30 anos, olhou com certa simpatia e tolerância esta nova "seita" que havia aparecido entre os judeus, mesmo que fosse pela simples razão de que estes a combatiam. E em diversas oportunidades, fosse em Roma, fosse na Palestina, as autoridades romanas defenderam os cristãos das agressões do judaísmo, como veremos sobretudo no caso de São Paulo.
Isto não impediu fatos violentos - como o apedrejamento de Estevão no ano 34 pelas mãos do Sinédrio ou como a decapitação de São Tiago no ano 42 por ordem de Herodes Agripa I -, mas estes fatos não correspondiam à vontade de Roma e foram julgados como abuso de poder.

E que os romanos - pragmáticos como sempre - se deram conta imediatamente de que nem Jesus, nem seus seguidores eram perigosos do ponto de vista estritamente político, deram-se conta de que dali não ia sair nenhuma das tentativas subversivas que caracterizavam, pelo contrário, outros setores do judaísmo.
A teoria segundo a qual Jesus foi um revolucionário, ou de que teria vindo para libertar os oprimidos da escravidão política ou social não tem nenhum fundamento histórico.
Não obstante, seria um erro de interpretação muito mais grave concluir que Jesus e o cristianismo foram e são portadores de um espiritualismo inócuo, de uma simples moral, ou de um culto a mais no panorama mundial das religiões. Mais tarde, Roma compreenderá muito bem a verdadeira natureza e o verdadeiro perigo que vinha do cristianismo. Não é um novo partido, uma nova ideologia, mas uma nova vida e uma nova cultura, um começo de outro mundo – mais humano e mais visível - dentro deste mundo, dentro de uma sociedade em crise profunda, que, no caso do Império Romano, já, não tinha em si mesma nenhum fundamento sólido, nenhum valor humano - nem sequer a antiga tradição dos pais fundadores - a partir do qual ter consistência.
Tal como resulta ao longo de toda a sua história, o cristianismo demonstra toda a sua verdadeira identidade, sua novidade radical e sua força, não quando se opõe ao poder com as mesmas armas do poder, mas quando constrói novas formas de vida.

Esclarecedora, a propósito disto, é a seguinte consideração de Charles Péguy: "Havia a maldade também na época dos romanos. Mas Jesus veio. Não desperdiçou seus anos reclamando e lamentando-se da maldade dos tempos. Ele foi direto ao ponto. De um modo muito simples: fazendo o cristianismo. Ele não incriminou nem acusou ninguém. Ele salvou. Não incriminou o mundo, Ele salvou o mundo" (Véronique).

G. Albuquerque

Fonte:

Da terra aos povos: a difusão do cristianismo nos primeiros séculos – Mostra arqueológica em painéis – São Paulo: Centro Cultural 12 de outubro.